Pois, eu sou das que acha que gravidez não é doença, mas sou das que defende que, mesmo não sendo doença, merece mais cuidados e atenção do que se doença tratasse. Sou das que defende que uma grávida merece tratamento especial, palavras especiais, beijos e abraços especiais. Sou das que defende que uma grávida deve receber todos os sorrisos, deve receber carinho e compreensão.
Num país que não renova a sua população, num país onde há mais mortes que nascimentos, num país que não protege e não incentiva aos nascimentos, o máximo que podemos fazer é tratar com maior e mais carinho as grávidas que nos rodeiam.
Nunca senti que precisasse de mais carinho dos outros enquanto estive grávida, porque eu própria já me sentia a pessoa mais especial do mundo e transmitia isso ao ser que se gerava dentro de mim, além de o fazer sentir a todas as pessoas que me rodeavam. Era quase inconsciente. Era inerente a mim, eu, a criatura mais magnífica do planeta a gerar uma outra vida.
Meu amigos, uma grávida, mesmo sem se mexer, apenas a respirar, está a fazer o que de mais importante um outro ser consegue fazer, dar vida a outra vida.
Sim, uma grávida é fácil de se encontrar, é banal, comum, usual mas isso não lhe retira o milagre da vida, e que milagre!
Sim, assumidamente faço parte do grupo de mulheres que adorou estar grávida, principalmente da primeira vez (na segunda gravidez tinha uma criança de 2 anos para tomar conta e já não se descansa). Fiz barrigas enormes, tive vómitos nos primeiros meses, todo o santo dia, muitas caibras, mas que felicidade imensa que não se explica...
P.S. Este post não é presságio de nada, apenas o resultado de estar, nos últimos tempos, a trabalhar com uma grávida e ter vindo em conversa a célebre frase: "Gravidez não é doença!"